segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

no Porto, a cidade invicta, Portugal.





A INVICTA

Porto, a segunda maior cidade do país, por si só, inúmeros pontos de interesse, mas o distrito que encabeça, embora amplamente industrializado, porpociona ao visitante muito que ver. Ao longo da costa, estâncias de férias como a cosmopolita praia de Espinho, portos atarefados como Matosinhos, com esplêndidos pratos de marisco, ou tradicionais centros de pesca como Póvoa do Varzim, que todavia possui um animado casino.
No interior, por exemplo, o tranquilo encanto de Amarante, com as suas casas do século XVII debruçadas sobre o rio e célebre pelos seus doces de ovos conhecidos pelo nome de "papos de anjo". Logo ao seguir ao Porto, pode-se visitar, em Vila Nova de Gaia, os armazéns onde o vinho do Porto é elaborado e amadurecido e onde é possível provar as diferentes variedades, ou também se pode optar por um magnífico cruzeiro pelo Douro. Em todo o distrito há vilas de aspecto próspero, já que a indústria e o comércio se desenvolvem ali, mas também se podem percorrer muitas estradas calmas com belas paisagens sobre o rio ou admirar uma costa rochosa e ainda selvagem.

Fotografias Zito Colaço

sábado, 5 de dezembro de 2009

em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal





ANGRA DO HEROÍSMO

A encantadora capital da bonita ilha Terceira, Angra do Heroísmo, encontra-se desde 1983 classificada como Património Mundial pela UNESCO, plena de beleza histórica, monumentos, cosmopolitismo, e dona de um ambiente muito próprio.

Situada a sul da Ilha Terceira numa pequena e belíssima baía, Angra tem muito para contar. Esta foi a primeira cidade do Arquipélago dos Açores, elevada em 1534, já na altura uma muito importante e influente localidade, grande ponto de comércio e troca e ponto de escala obrigatório nas travessias transcontinentais, em busca dos "Novos Mundos".
Angra opôs-se com heroísmo ao domínio Castelhano, tornando-se na sede do governo do país entre 1580 e 1583, e com a rendição das forças Espanholas em 1641, granjeou o título de "sempre leal cidade". Topónimo "Heroísmo" deriva das lutas liberais do século XIX, onde Angra pautou pela defesa dos ideais de liberdade.

As suas bonitas e típicas ruas são o reflexo de anos de história, influência dos vários habitantes vindos de variadas regiões, e dos muitos visitantes e negociantes que por tão importante ponto de comércio e troca, pleno de beleza, se apaixonaram. A sua riqueza está também patente nos monumentos, existindo por Angra diversas casas senhoriais e palacetes, como o Palácio Bettencourt, o dos Capitães Generais ou o solar da Madre de Deus, entre tantos outros.

Muito há para ver e conhecer nesta cidade Património da Humanidade, que conta com monumentos como Forte ou Castelo de São João Baptista e o de São Sebastião, que têm guardado a sua costa ao longo dos séculos, sem falar nos outros muito fortes que defenderam a ilha durante séculos, ou as muitas Igrejas, Capelas e Ermidas, cujo expoente máximo é a sé Catedral do século XVI, e também Conventos como o de São Gonçalo do mesmo século, ou mesmo a centralidade e beleza da Praça Vermelha, ponto de partida para a descoberta do riquíssimo Património que a cidade oferece.

Situada no verdejante Arquipélago dos Açores, Angra do Heroísmo prima igualmente pelos seus espaços naturais, como o central Jardim Duque de Terceira, ou o aprazível Parque Municipal do Relvão. Igualmente interessante é o Parque Arqueológico Subaquático da Baía de Angra do Heroísmo, um verdadeiro museu subaquático, com testemunho e vestígios que comprovam a importância estratégica da cidade ao longo dos séculos.
Museus, teatros, Praça de touros, espaços desportivos, entre tantas outras infra-estruturas, monumentos, vistas deslumbrantes, praias... Muito tem Angra do Heroísmo a oferecer e deleitar a visita.

Fotografias Zito Colaço

domingo, 22 de novembro de 2009

no Redondo, Alto Alentejo, Portugal.





REDONDO

Redondo é uma bonita vila Alentejana, sede de conselho, muito afamado pelos seus produtos em barro e pelo seu vinho de qualidade.
Toda a região do Redondo apresenta vestígios de ocupação desde longínquos tempos da pré-história, com numerosos monumentos megalíticos de grande interesse, como as Antas da Vidigueira, do Colmeeiro, da Venda do Duque e as da Candeeira, entre tantos outros.
As suas ruas calmas e simples, de baixo casario alvo, decorado com uma alegre faixa colorida, respiram a paz de espírito da região Alentejana, por entre interessantes monumentos como o Castelo, as Igrejas Matriz(Séc.XVI e XVII), a da Misericórdia num bonito estilo Manuelino, a do Calvário(Séc.XVII) ou a de Nossa Senhora da Saúde do Século XVII, bem como o precioso Pelourinho da Vida.
A combinação de férteis solos de granito e xisto, possibilitam a produção de um dos maiores bens da região: o vinho, sendo esta uma das regiões de Denominação de Origem Controlada(D.O.C.) do país.
A tradição em Redondo ainda é o que era, produzindo-se ainda hoje artesanato com técnicas bem antigas que o caracterizam, como é o caso da produção de peças utilitárias e decorativas em barro, com decorações muito próprias, algumas com motivos florais, outras retratando a vida rural Alentejana.
Estes dois importantes tipos de produção típica do Redondo, estão patentes nos dois Museus a eles dedicados: o Museu do Vinho e o Museu Barro.
Bem próximo da Vila, fica o bonito Convento de São Paulo, também conhecido por convento de São Paulo da Serra de Ossa, ou Convento D´Ossa, situada na Serra de Ossa, um edifício conventual do Século XIV, hoje em dia transformado num reputado Hotel de luxo.

Fotografias Zito Colaço.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

em Monsanto - "A aldeia mais portuguesa de Portugal".






"A ALDEIA MAIS PORTUGUESA DE PORTUGAL".

Monsanto deslumbra pela sua posição alcandorada num abrupto cabeço, pela harmonização e interpenetração das suas casas com rochedos graníticos, pela sinuosidade das suas ruas estreitas, pela riqueza dos elementos arquitectónicos e decorativos que se deparam em cada esquina e pela firmeza do castelo roqueiro que, lá do cimo, domina amplos horizontes.
A aldeia de Monsanto é uma verdadeira sinfonia de granito, de engenho e de arte. Umas vezes são lajes de granito a servirem de chão, outras são enormes penedos a servirem de parede ou de telhado. Referência paradigmática é a "casa de uma só telha".
Monsanto encanta, também, pela originalidade do seu artesanato - os adufes, as maratonas e as rocas, pela riqueza das suas histórias e lendas e, ainda, pela grandiosidade das suas festividades de cariz popular. Entre as festividades há que salientar a Festa das Cruzes ou Festa do Castelo(a 3 de maio ou no fim-de-semana seguinte).
Aparentemente enraizada numa tradição pagã, foi cristianizada e nacionalizada pela sobreposição
da Lenda do Cerco (segundo uns, cerco dos mouros, segundo outros, cerco dos castelhanos) na qual, estando sitiado no castelo, se lançou sobre os inimigos uma vitela com o estômago cheio de trigo, em sinal de abundância, conduzindo ao levantamento do cerco e tornado infrutífera uma espera de sete anos. Desde então, a festividade nunca mais foi interrompida e, em sinal de evocação do episódio da vitela, são lançados, do ponto mais alto do castelo, potes de barro cheios de flores.

Fotografias Zito Colaço

domingo, 8 de novembro de 2009

Gente de S.Miguel, Açores, Portugal.





A ILHA DO ARCANJO

Eu vos direi da ilha que na dorna do Arcanjo é eterna em chão escasso. Fulva de gado ao dia. À noite, morna. Embebida no verde. E o mar colaço.
Ilhado alumbramento em templo torna a unção de contemplar. Um ténue traço de garça entre água e céu. A paz encorna em lagoa e lavoura o tempo e o espaço.
Tanto silêncio confiado à luz! Treme um nenúfar se um trilho tremeluz. Caiam o sol de azul os agapantos.
Na cevadeira a broa luminosa, romeiros no persiguam com uma rosa. Suas rezas joeiram pombos santos.

de "O dilúvio e a pomba".
Natália Correia

Fotografias Zito Colaço

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Castelo Mendo - Um vale perdido na Beira Interior. Portugal





CASTELO MENDO

Descendo por uma estrada estreita de curvas apertadas, chega-se ás portas de uma fortaleza medieval rodeada por montes verdejantes e vales férteis. Passa-se o portal de pedra onde dois berrões descansam há séculos e entra-se num mundo antigo. Pequenas casas de pedra, com alpendre e janelas aprumadas revelam uma arquitectura tradicional atribuída ás gentes com menos posses. E se a reconstrução lhes retirou a tinta e o rebouco, também lhes deu a vida e outra postura. Longe da agitação e do progresso, a aldeia vive a sua solidão nas ruas desertas e nas casas abandonadas. Mas é graças a esse isolamento que Castelo Mendo é um pequeno paraíso perdido na montanha. O queijo de cabra e o pão feito como antigamente, prometem uma tarde bem passada a olhar a paisagem. Mas se o desejo da imensidão for grande, do terreiro da igreja sem tecto, onde os aldeões veneram uma senhora de fátima, a vista alcança uma paisagem espectacular. É assim que o encanto desta aldeia enche o peito de quem lá vai e deixa saudade a quem parte...

Fotografias Zito Colaço