quinta-feira, 12 de novembro de 2009

em Monsanto - "A aldeia mais portuguesa de Portugal".






"A ALDEIA MAIS PORTUGUESA DE PORTUGAL".

Monsanto deslumbra pela sua posição alcandorada num abrupto cabeço, pela harmonização e interpenetração das suas casas com rochedos graníticos, pela sinuosidade das suas ruas estreitas, pela riqueza dos elementos arquitectónicos e decorativos que se deparam em cada esquina e pela firmeza do castelo roqueiro que, lá do cimo, domina amplos horizontes.
A aldeia de Monsanto é uma verdadeira sinfonia de granito, de engenho e de arte. Umas vezes são lajes de granito a servirem de chão, outras são enormes penedos a servirem de parede ou de telhado. Referência paradigmática é a "casa de uma só telha".
Monsanto encanta, também, pela originalidade do seu artesanato - os adufes, as maratonas e as rocas, pela riqueza das suas histórias e lendas e, ainda, pela grandiosidade das suas festividades de cariz popular. Entre as festividades há que salientar a Festa das Cruzes ou Festa do Castelo(a 3 de maio ou no fim-de-semana seguinte).
Aparentemente enraizada numa tradição pagã, foi cristianizada e nacionalizada pela sobreposição
da Lenda do Cerco (segundo uns, cerco dos mouros, segundo outros, cerco dos castelhanos) na qual, estando sitiado no castelo, se lançou sobre os inimigos uma vitela com o estômago cheio de trigo, em sinal de abundância, conduzindo ao levantamento do cerco e tornado infrutífera uma espera de sete anos. Desde então, a festividade nunca mais foi interrompida e, em sinal de evocação do episódio da vitela, são lançados, do ponto mais alto do castelo, potes de barro cheios de flores.

Fotografias Zito Colaço

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